Magia não ganha jogo. É preciso aterrissarA humildade com que o Coritiba se postou diante do Avaí. O respeito do Coxa para com o rival catarinense. O espírito dos paranaenses em campo. São estes alguns dos fatores determinantes para esta vitória do time da casa, por 2 a 0, interrompendo o conto de fadas que vivia o Avaí.Alguém, em algum momento, teria que descer da soberba, aceitar o Avaí como um time ajustado, forte e não como um mero sortudo que faz ótima campanha ninguém sabe como.Este alguém foi o Coxa. E o mérito desta postura é não só do time, mas (principalmente) do técnico Nei Franco, de quem sou fã. Um baita profissional.
Marquinhos sumiu, Paraíba não!No primeiro tempo me chamou atenção uma semelhança e uma diferença entre os craques dos dois times, Marquinhos e Marcelinho Paraíba.A semelhança é que ambos pouco participaram das ações criativas, embora se movimentem bastante e sempre carimbassem a bola.A diferença é que, nas poucas chances que teve, Marcelinho decidiu a etapa com seu gol. Marquinhos seguiu omisso.Também dá para atribuir à objetividade a vitória parcial nos primeiros 45 minutos. Lembrou um pouco aquele início de campeonato, quando o Avaí criava chances, desperdiçava, e quem achava o gol era o adversário.Talvez Luiz Ricardo seja o responsável por esta instabilidade no ataque, que demorou a se encontrar com William, mas quando o fez, encaixou com perfeição.Quando teve a chance, aos 43 minutos, de empatar, Luiz Ricardo, cara a cara com o goleiro, demorou para chutar, recebeu a marcação e caiu na área. Preferiu tentar um pênalti a tentar o gol. Estava, visivelmente, sem timing.O dedo de Nei FrancoPois é, o início do segundo tempo, que praticamente definiu esta derrota avaiana, passou, muito, pelo faro do excelente técnico coritibano.Neste sábado, Silas encontrou um companheiro de profissão à altura para medir forças. Enquanto Silas foi moderado e não alterou o time, aliás, já começou errado, sem Roberto, Nei foi rápido.Não esperou o segundo tempo começar e já entrou com Demerson, visivelmente determinado a parar Muriqui. Ou seja, atacou o único jogador que lhe impunha perigo na etapa inicial.Outra: o segundo gol do Coxa foi fruto de posicionamento privilegiado dos jogadores na cobrança de falta. Uma troca rápida de posicionamento entre Pereira e Ariel confundiu Augusto. Dedo de técnico. Dos bons.Aí Silas, acho que desacostumado a ter um “pensador”, um bom tático como oponente, não só deixou de turbinar seu time, como manteve inalterado o espaço para Paraíba.Este seguiu deitando e rolando. O erro de Silas? Pensou muito em seu time, esqueceu de valorizar o adversário. Pecou justamente onde seus rivais vinham errando diante do Avaí: subestimou o adversário.Caio e Roberto entraram nas vagas de Gago e Luis Ricardo. Este, já deveria ter saído no intervalo. Aquele não merecia sair. Como arrefecer o meio, se justamente Paraíba crescia no jogo?Não era o dia de Silas, somado à tradicional felicidade de Nei Franco, ao potencial de Marcelinho, deu no que deu: um justíssimo 2 a 0.Silas, aliás, seguiu esquecendo do adversário e pensando só no seu time, tanto que colocou Cristian. Foi para o tudo ou nada. Perdendo por 2 a 0 não é muita ousadia na hora errada?Lição da tarde/noite? Hello, aterrissa, estamos na Série A. Aqui não tem bobo e nem espaço para conto de fadas.Do contrário, perde.Fonte: Blog do Castiel
Blog : Realidade 2 x 0 Conto de fadas
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